Salve salve pessoal…
Trago para vocês hoje a análise da coletânea Street Fighter 30th Anniversary Collection, com 12 games da franquia Street Fighter.
Introdução
Street Fighter é uma série consagrada, sendo pioneira em vários recursos e inovações nos jogos de luta. Agora e 2018, a Capcom decidiu montar uma coletânea para os fãs de longa data da série, contendo 12 games, todos vindos direto dos Arcades.
A história do Street Fighter é complexa e sua linha do tempo é um pouco confusa, caso você queira ler a história cronológica, recomendo a leitura do artigo Conheça a história cronológica da série Street Fighter.
Som
A Trilha Sonora do Street Fighter sempre foi excelente, com exceção de uma ou outra música e do primeiro jogo da franquia, as músicas são memoráveis e ficam gravadas na cabeça de qualquer um.
Além disso, a Capcom inseriu uma opção nos menu dos extras, com todas as músicas dos games disponível.
Assim como as músicas, os efeitos sonoros também são bem executados, quem nunca pegou falando um Hadouken ou Shoryuken.
Mas algo me incomodou que foram os menus (da parte do Museu), apesar deles serem bem feitos, a parte sonora eu achei meio, sem graça. Por exemplo, ao ficar navegando entre os personagens lendo as histórias, ou até mesmo vendo as imagens conceituais, aquela música de fundo tem uma hora que você tem vontade de estourar a TV rs…
Talvez se tivesse por padrão já uma playlist tocando de fundo, ou que você pudesse alternar, já melhoraria nesse quesito.
Todos os menus e textos estão em português, porém dentro dos games, está tudo em inglês. Apesar do Brasil ter tido fliperamas que foram traduzidos na década de 90, a Capcom optou por utilizar a versão em inglês.
Gráfico
Todos os ports dos jogos vieram do fliperama, então com exceção das versões domésticas de consoles mais avançados (como Dreamcast), os jogos seguem lindos, com sprites grandes, boa movimentação e fluidez nos movimentos. Além disso, é possível deixar a imagem no tamanho padrão (similar à um quadrado), aumentar para ficar na tela mas com as bordas na direita e esquerda (essa que eu usava), ou deixar na tela cheia sem bordas).
Além disso, é possível aplicar filtros nas imagens dos games, sendo o filtro de TV ou o filtro de Arcade, alterando assim o contraste e exibição dos pixels nas telas.
É nítido notar a evolução do gráfico dos games, começando pela simplicidade do primeiro Street Fighter, ao chegar na placa CPS2, antes não sei se havia reparado, mas até mesmo detalhes minimos nos personagens no Super Street Fighter 2 Turbo tem movimentos. E quando chega na CPS3 (Street Fighter 3), ai sim é perceptível a grande mudança.
Até mesmo onde se compara os sprites dos personagens, o número de sprites de um Hadouken no Street Fighter 3, é absurdamente gigante, enquanto no Street Fighter 2, são entre 3 a 5 sprites.
Controles
Os controles do game são simples, sendo:
Direcional / Analógico Esquerdo – Movimentam o personagem
Start – Pausa o Game (com opções para ver golpes, filtros da tela, salvar ou carregar)
Select – Coloca a Ficha para jogar o game
A, B, X, Y, LB, RB, RT, LT – Botões configuráveis para Soco Fraco, Médio, Forte e Chute Fraco, Médio, Forte
Como é emulação, o jogo é a versão dos Fliperamas, com aquela fluidez bonita, além de ter a opção de salvar e carregar o jogo no meio. O que as vezes atrapalha, ai já é uma questão minha, é o controle do Xbox One, para dar meia luas, ou fazer combos com o direcional / analógico às vezes dói um pouco o antebraço, coisa que pelo menos eu não sentia no Xbox 360.
Algo que notei no Street Fighter 2, é que às vezes ao “despausar” o jogo, ele trava o direcional e o analógico e o personagem fica alguns segundos sem movimento.
Abaixo um resumo da jogabilidade de cada Street Fighter.
Street Fighter (1987)
São selecionáveis apenas dois personagens, Ryu ou Ken, a jogabilidade com eles é equilibrada, tendo os 3 poderes básicos (como o Hadouken). A movimentação dos personagens é um pouco lenta, além de contar com alguns momentos de “lentidão” ao acertar e desferir golpes. O jogo conta com 3 botões para soco e 3 para chute (padrão sendo fraco, médio e forte).
O problema, é que o hardware exige uma precisão extrema na aplicação dos golpes especiais, então para soltar, por exemplo, um Hadouken, o ideal é ficar dando várias meia luas no controle até sair o comando.
Street Fighter 2: The World Warrior (1991)
O sistema de combate do primeiro game é remodelados adicionando certo “delay” ao processador, assim tornando mais simples o processo de desferir um golpe especial. Nesse jogo, 8 personagens são selecionáveis Ryu, Ken, Chun-Li, Guile, Blanka, Dhalsim, E. Honda e Zangief, cada um equilibrado de alguma forma, e com tipos de golpes diferentes.
Por exemplo, Ken e Ryu são equilibrados, com golpes a distância (Hadouken) e com golpes próximos (Shoryuken), além de terem velocidade balanceada. Já Blanka é mais ágil, porém com a jogabilidade diferente, para executar os golpes, deve ser feito o famoso trás-frente (segura o botão para trás, e depois pressiona para frente com o botão de ataque).
Street Fighter 2: Champion Edition (1992)
Basicamente o mesmo game lançado em 1991, mas com a possibilidade de jogar com os 4 chefes: Balrog, Vega, Sagat e Bison.
Como esses personagens não tiveram os sprites refeitos, nessa versão, o soco fraco, é o mesmo sprite do soco forte por exemplo.
Street Fighter 2 Turbo: Hyper Fighting (1992)
Os personagens são balanceados, adicionando inclusive novos golpes e movimentos para alguns. Além de ajuste na velocidade.
Super Street Fighter 2 (1993)
Melhorias na parte gráfica e adição de 4 novos personagens (Fei Long, Dee Jay, Cammy e T. Hawk).
Super Street Fighter 2 Turbo (1994)
Foi adicionado suportes aéreos (como combos), ataques chamados de Super Combos (especiais) onde existe uma barra de carregamento, e ao encher é possível soltar um golpe poderoso. Foi adicionado um novo personagem, Akuma (ou Gouki).
Street Fighter Alpha (1995)
Ao invés de uma única barra de Super Combo, existe agora uma barra dividida em 3 níveis, podendo esperar encher e soltar mais especiais em um curto período de tempo. Foi adicionado também novos recrusos como defesa de golpes aéreos (Air Blocking) e a possibilidade de quebrar agarrões (Chain Combos).
Os personagens disponíveis são Ryu, Ken, Chun Li, Sagat, Birdie, Adon, Sodom, Charlie e Rose. Os secretos são Dan, M. Bison e Akuma.
Street Fighter Alpha 2 (1996)
Balanceamento no sistema dos lutadores (no primeiro existiam sequencias que tiravam muita vida). Adição do Custom Combo (pressionar dois botões de soco ou chute), onde você ativa uma barra de tempo e o que fizer nesse tempo que é gasto, conta como parte de um ataque especial.
Todos os personagens do primeiro Alpha estão nesse, com a adição de Dhalsim, Zangief, Gen, Rolento e Sakura.
Street Fighter Alpha 3 (1998)
Descartou a sistemática de Super Combos dos anteriores (enchimento de barra, e o Custom Combo), criando 3 tipos de jogabilidade. O A-ISM, similar ao Alpha 1 e Alpha 2, onde uma barra de especial vai enchendo, até 3 níveis. O X-ISM, similar ao do Super Street Fighter 2 Turbo, onde é uma única barra, que ao encher é possível soltar um especial poderoso. E por último o C-ISM, é que similar ao Custom Combo do Alpha 2.
Além disso, nas mecânicas base do game, foi adicionado o Guard Power Gauge, que é uma barra de defesa, ao defender os ataques dos adversários, essa barra vai sendo diminuída, até o ponto de estourar e o personagem ficar sem defesa.
Os personagens novos são Balrog, Blanka, Cammy, Cody, E. Honda, Juli, Juni, Karin, R. Mika e Vega.
Street Fighter 3: The New Generation (1997)
Adição de recursos de recuar ou avançar (dois para frente ou dois para trás). Adição da funcionalidade Parry, que é defender o inimigo indo para frente, assim enchendo a barra de especial. Foi alterado a nomenclatura de Super Combo para Super Art, e esses especiais agora só podem ser selecionados 1 por personagem escolhido, por exemplo, ao invés de dois especiais do Ryu, você pode escolher apenas 1.
Os personagens do game são Ryu, Ken, Alex, Dudley, Elena, Ibuki, Necro, Oro, Sean e Yun e Yang (1 personagem só com os mesmos golpes, mudando os sprites)
Street Fighter 3: 2nd Impact (1997)
Correções na jogabilidade do Street Fighter 3 antigo, além de rebalancear os personagens.
Yun e Yang foram separados em 2 personagens, cada um com golpes distintos. Foram adicionados os personagens Hugo, Urien e Akuma (secreto).
Street Fighter 3: 3rd Strike (1999)
Novamente balanceamento para equilibrar a jogabilidade.
Akuma é disponível na tela de seleção, e é adicionado os seguintes personagens: Chun-Li, Makoto, Q, Remy e Twelve.
Diversão
Particularmente eu gostei bastante da coletânea, e da forma como foi tratado os jogos incorporados do fliperama. Porém, nem tudo é agradável, como por exemplo, eles poderiam ter adicionado outras versões dos games, como o Street Fighter Alpha 2 Gold que adicionava o Shin Akuma, ou a versão Alpha 3 do Dreamcast, que tinha o Guile, Fei Long, Dee Jay, etc… Mas mantiveram o básico, deixando apenas as versões do Arcade.
Outra coisa que poderiam ter adicionado, era algum spin-off, como Pocket Fighter ou Super Puzzle Fighter, afinal eles são referenciados no Museu.
Falando em Museu, essa é uma área excelente da coletânea com muita informação de bastidores, imagens em alta definição, e com muito conteúdo para ser visto. Eu devo ter passado umas 2 horas apenas no Museu lendo e vendo imagens, sem contar que não vi tudo, nem as músicas, personagens, fliperamas, etc… Suponho que deva ter conteúdo para umas 5 horas para mais.
Porém, eu achei estranho não terem citado os crossovers com a Marvel, como o X-Men Vs Street Fighter, e o Marvel Vs Street Fighter que deram origem ao Marvel Vs Capcom, talvez seja algo com a Disney. Mesmo assim, outros crossovers, são citados (eu li sobre o Capcom Fighting Evolution).
Outro ponto legal utilizado nas emulações, é que como às vezes precisamos pausar, e no Fliperama não tinha tal recurso, o Pause é universal, funciona em qualquer parte do jogo, inclusive para salvar um estado do game, e continuar depois.
Só achei estranho a parte do Versus, onde você escolha a fase, e os personagens e ao encerrar o confronto, ao invés de voltar para tela de seleção de personagens, volta para o menu principal.
Na parte online, joguei 2 partidas do Street Fighter 3 Third Strike. Não sei se era a minha rede, ou se foi algo particular da noite, mas as duas estavam com alguns travamentos no meio da luta. Joguei um pouco em outro dia, e apesar de não ter travamentos, parecia que meu adversário tava com uma rede oscilante, pois o personagem não se mexia.
Outras informações
Eu tive um problema com minha pré-venda, onde não veio o código do Ultra Street Fighter 4, entrei em contato com a Capcom, e estamos verificando essa questão.
Outra observação que tive ao zerar os 12 jogos, era como a Capcom amava roubar nossas fichas quando éramos crianças, pois a série Alpha e os jogos do Street Fighter 3 ainda são difíceis de se terminar, mas são possíveis de jogar. Já os da série Street Fighter 2, você percebe a dificuldade no Fliperama, pois cada movimento que você faz, ele prevê e contra ataca com mais agilidade, sem contar que por exemplo, enquanto você precisar dar entre 6 a 9 Hadoukens com Soco Forte (talvez até mais) para vencer um Oponente (sem que ele defenda), alguns adversários apenas com 2 agarrões ou 2 golpes (como o Uppercut do Sagat), tiram sua vida inteira rs… Por ser balanceado assim que nós perdíamos tantas fichas rs…
Preço
O jogo em mídia física para PS4 e Xbox One pode ser encontrado por aproximadamente R$ 150,00.
Na PSN, o jogo está R$ 179,99, Clique Aqui para saber mais.
Na Steam, o jogo está R$ 89,99, Clique Aqui para saber mais.
Na Xbox Live, o jogo está R$ 179,00, Clique Aqui para saber mais.
Considerações Finais
Eu particularmente gostei da coletânea, sendo que joguei bastante já sozinho, com meu irmão e com um amigo, o online infelizmente não tive uma das melhores experiências, mas o offline está espetacular.
Assim como a adição de diversos extras, curiosidades, sprites, histórias dos bastidores da criação da franquia Street Fighter trazem um conteúdo riquíssimo para quem é fã dos jogos.
Por outro lado, a coletânea poderia contar com mais jogos, ou outras versões com mais personagens ou com melhorias (como os ports para consoles), além de talvez ter a adição de games spin-off da série. No contexto geral, se você for realmente fã da franquia e reunir aquela galera para jogar, recomendo a coletânea, por outro lado, por estar com um preço salgado, pode ser que seja ideal aguardar um pouco.
Bom pessoal, por hoje é só.
Abraços e até a próxima.
Minha adolescência foi toda em jgos de Street fighter 2, Mortal Kombat e a série The king of fighters em fliperamas, bons tempos!!!! Nunca tive Mega Drive, Snes ou outro video game de 16 bits. Quando lançaram os jogos de Street fighter Zero e suas sequencias parei de jogar street…o melhor de todos na minha opinião sempre foi e será street fighter Champion Edition. Acompanhei grande parte da evolução de street, da série Fatal Fury até chegar nos moldes atuais de The king of fighters e da série Mortal Kombat. Com o tempo vc nota que o que envelhece mesmo é vc em termos de aparência, as vezes jogo os jogos antigos e nem sinto que o tempo passou. valeu galera!!!!
Sim, realmente os jogos antigos de luta são jogáveis até hoje (quer dizer, a maioria deles, pois tinha uns que nem na época rsrs).
Mas nessa coletânea, você percebe que a maioria dos Street envelheceram super bem e são jogáveis tranquilamente (os mais antigos, são mais difíceis rs).
Grande abraço jovem.