Games Brasileiros… Será??

Indústria brasileira de games cresce 8% ao ano. Mas que jogos são esses?!

Faaaaala, galera, tudo tranquilinho??

Ao entrar para a parceria do Aperta o X, imaginava falar de jogos e plataformas que entendo. Até que começaram a discutir no grupo sobre os jogos brasileiros que estrearam (e ainda vão estrear, né, Dan? Rs) esse ano e eu fiquei como? “Boiando”!

Então eu parei e pensei: meu, como que eu participo de um site brasileiro de games e não conheço os jogos daqui?! E comecei a pesquisar um pouco, tentando achar algo para o meu atual console (PS4). E logo na primeira semana de pesquisa, os desenvolvedores da Webcore Games, perguntaram se não queríamos testar um jogo que eles fizeram o porting da versão mobile para (adivinhem qual plataforma?!) Playstation 4. Pedi para assumir essa…

E aí, nesta semana, terça-feira (17), meu irmão, Leo Barros (com o qual havia comentado sobre o lançamento do site), me liga  e fala: Rafa, saiu uma matéria sobre mercado nacional de games agora pouco no Voz do Brasil (o famoso programa de rádio onde 10, é 9 horas. Risos).

Coincidência?! Conspiração?! Um sinal divino?! Não sei, mas resolvi que, então, este seria meu primeiro artigo para o site e caí de cabeça no assunto! Comecei ouvindo a matéria do Voz do Brasil (se quiser ouvir, é rapidinho, 3 minutos) e ouvi notícias bastante animadoras.

De acordo com o Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, no Brasil já existem 375 empresas registradas para desenvolvimento de games! Bacana, né?! E ao entrevistarem um diretor executivo (CEO) de uma destas empresas de Brasília, Pedro Machado, ele informa que a indústria de Games é a que mais cresce no ramo do entretenimento e que no ano passado (2017), faturou 116 bilhões de dólares no âmbito global.

Ainda de acordo com este Censo, nos últimos 2 anos foram desenvolvidos mais de 1700 jogos no Brasil, sendo em parte financiado por iniciativa privada e parte por incentivo público (quase a metade). Outro ponto importante citado, é que mais de 70% destas empresas no Brasil, faturam até 81 mil reais ao mês! E que quase 30% das empresas, exportam os jogos para o resto do globo. Aí rolou uma entrevista com o desenvolvedor Luan Moraes, que eu gostei muito, onde ele diz o seguinte: “Antigamente a gente tinha filmes, livros, mas estas são mídias que a gente não tem controle sobre[…]. Você não decide se o personagem vai para a direita ou para a esquerda no livro[…]”. E eu nunca tinha parado para pensar nisso! Eu posso escolher se vou completar o jogo sem fazer nenhuma atividade extra (ou o famoso “3 estrelas”) ou não. E qual outra forma de entretenimento digital me permite isso? Filmes, livros, séries, novelas, desenhos… A gente só pode esperar o final, certo? Não podemos agir sobre! Games dependem da gente! Para finalizar a reportagem, é informado, ainda no mesmo Censo, que o ambiente ainda é predominante de players masculinos e que 60% dos desenvolvedores de games falam mais uma língua além do Português (geralmente o Inglês).

Mas pera aí… Maioria masculina até quando? Pois então, encontrei este artigo aqui! O Brasil está cada vez mais bem representado pelas mulheres na indústria de Games. Só nesse artigo, temos duas apresentadoras, uma pro-player e uma desenvolvedora! E isso me faz lembrar um dos motivos de eu ter me casado com quem casei. Minha esposa, Isa Costa, gosta de games (e inclusive tem jogado comigo alguns jogos como Starlit Adventures, Rime e Harry Potter Lego®).

Isso é fantástico, pois os games não possuem diferenciação de peso, de altura, de sexo, de nada. Se a pessoa realmente curtir e quiser até virar uma pro-player, como a Camila “cAmyy” Natale, citada no artigo, basta treinar e querer! Assim, define a cAmmy: “Se você realmente ama competir e jogar, continue no seu caminho, que uma hora o reconhecimento e apoio vem com o tempo. Não se prive pela opinião dos outros, só a sua importa e tudo isso vai depender apenas de você… você tem que viver sua vida e não deixar que os outros digam como deve.” (Aplausos, por favor)

E quando eu estava quase finalizando este artigo, meu colega Dan Atílio, me “marcou” em um artigo e um vídeo relacionado ao meu trabalho. E, é claro, fui lá conferir.

No artigo, vi muitas informações dos nossos desenvolvedores, falando sobre o preconceito dos jogadores brasileiros (apesar de ser de 2017), mas não só isso. Eles falam também sobre o diferencial dos jogos brasileiros, que, às vezes, não são AAA, porém possuem muitos elementos na estória, que trazem mais jogabilidade do que as grandes produções.

O game Momodora, desenvolvido pelo Guilherme “rdein” Martins, por exemplo, tem números grandiosos: É sucesso de críticas com nota maior que 8; Mais de 150 mil cópias vendidas no mundo… E aí entra um ponto de atenção: de todas estas vendas, apenas 4,3% foram dentro do Brasil.

Momodora – estúdio Bombservice

Da desenvolvedora Behold Studios, Chroma Squad é outro sucesso brasileiro, com 250 mil jogadores espalhados pelo mundo e com apenas 8,5% destes dentro do Brasil.

Chroma Squad – estúdio Behold Studios

Em contrapartida, o Horizon Chase, da Aquiris Game Studio, lançado em 2015, já possuía (na época do lançamento do artigo) mais de 5 milhões de downloads, tinha sido eleito melhor jogo do BIG Festival (Brazil’s Independent Games Festival) de 2016 e o Brasil estava entre os 3 países que mais compraram o game. Eu tive o privilégio de jogar o game na versão Turbo na casa do meu amigo, Fê Costa, com nossas duas esposas e é EXTREMAMENTE DIVERTIDO e fácil de entender os comandos. Num ambiente com a pegada do Top Gear (SNES, 1992), com gráficos simples, porém bonitos, e com interação no jogo (quando dá aquela batidinha que o carro perde a velocidade…), quase perdemos a hora de ir embora de tão viciante que estava. E o mais engraçado, é que, assim como eu no começo, muitos que jogam estes jogos, não sabem que se trata de um jogo brasileiro. Existem muitos jogos primorosos por aqui que os players zeram, gostam, mas não buscam saber que se trata de uma produção brasileira.

Horizon Chase/Horizon Chase Turbo – estúdio Aquiris Game Studio

E falando em jogos brasileiros que joguei, encontramos o Starlit Adventures, da Rockhead Games (na versão mobile e, acima já citado, seu porting realizado pela Webcore Games para PS4), que foi destacado no início do vídeo que o Dan passou, onde também enfatiza que o setor de Games é um dos que mais cresce no mundo (6% ao ano) e também no Brasil (aqui são 8% ao ano). Mas a estória de Bo e Kikki vou deixar para meu próximo artigo, que será uma análise deste game super viciante e muito bem feito que estou jogando no PS4.

Starlit Adventures – estúdio Rockhead Games

Pra finalizar (até que enfim, hein, Rafa), gostaria de somar o tema do artigo que citei das mulheres no mundo dos games, ao texto que trago pra vocês direto do artigo citado pelo Dan, que é uma fala da desenvolvedora Thais Weiller do estúdio Joy Masher que é como eu vejo e resumo o cenário dos games brasileiros: “Acho que hoje tem um jogo brasileiro para cada tipo de jogador”.

E você? Já jogou algum game brasileiro?