Análise – The First Tree

Um incrível jogo indie, desenvolvido por uma única pessoa e trilha sonora totalmente exclusiva, que fará pensar nos percalços da vida e em como lidar com eles.

Introdução

The First Tree é um jogo desenvolvido por David Wehle, onde o personagem principal é uma raposa. Mas não pense que é um simulador de “uma vida de raposa”. Todos os elementos visuais do jogo, inclusive esta doce raposinha, tem um significado para o criador do jogo e que, durante os capítulos, vai se tornando mais claro.

A ideia principal do jogo é, através de descobertas de itens, entender o enredo todo de uma história muito emocionante sobre a busca de um ente querido, da reconexão com alguém que amamos.

Imagem da raposa em meio à floresta nevada

Som

Com uma trilha sonora PERFEITA, na minha opinião, as músicas criadas por Josh Kramer, e outros artistas como Message to Bears e Lowercase Noises, casam com cada momento (e você verá, quando jogar, que cada um traz uma sensação diferente para o narrador) da história protagonizada pela raposa. São músicas que passam sensações para quem joga, te fazendo ficar totalmente preso à tela, atento.

O jogo não possui muitos efeitos sonoros, para que possamos comentar aqui, mas garanto que não se faz necessário realmente, pois as músicas de fundo são tão envolventes que prendem muito sua audição.

Momento em que é indicado na tela que há uma ação a ser executada sobre o item em destaque

Gráfico

Os gráficos são simplistas porém muito bonitos. Com uma pegada no estilo Journey, RiME (veja nossa análise aqui), cada detalhe desenhado, ou a não percepção do fim do mapa de mundo aberto, te surpreende durante a jornada de exploração.

Em alguns momentos eu notei as “árvores levantando do chão” e ainda não entendi perfeitamente o motivo. Talvez para “carregar o mapa aos poucos”? Sinceramente não sei a resposta, mas isso me atrapalhou um pouco, talvez por eu ser muito detalhista. Parecia “que não tinham terminado o jogo”, até eu entender que era em alguns pontos da jornada.

Gráficos maravilhosos deste incrível game

Mas peço para que se atente aos detalhes bons também. Como por exemplo: a utilização das sombras e dos relevos, como senso de direção para não se perder no mapa, ou até o brilho dos feixes de luz que entram pelo meio das folhas das árvores… Que ambiente incrível!

Controles

Os controles são bem simples. Você usará o analógico L3 para mover a raposa e os “L2 e R2” (no PS4) para aproximar e distanciar a câmera da raposa, ampliando ou diminuindo sua visão. Além disso você poderá mover a percepção da câmera (como na maioria dos jogos de mundo aberto) para auxiliar em suas descobertas. Caso queira voltar para a visão original, basta pressionar o R3.

Além disso, só 3 botões são utilizados:

= Pular (2x realiza um pulo duplo)

= Para alterar o modo correr/andar da raposa

= Para ativação de um item (seja cavando ou pegando)

Um dos itens que pode ser pego durante o progresso do jogo

Diversão

É complicado falar em diversão quando se trata de um jogo tão cheio de história e no qual você deve prestar tanta atenção em detalhes. Mas como estamos falando de um jogo, vou tentar traduzir a diversão em alguns pontos bacanas dele.

Caça aos coelhos: essa é uma atividade bem desafiante e chega a ser muito engraçada quando você para e pensa que está correndo igual um louco (e tomando um pau rs) de um, ou vários, coelhos no meio de uma floresta. Mas para quem encontrar todos, a surpresa é bem cômica ao final.

Puzzles e mais puzzles: às vezes é o simples “como chegar naquela estrela”, ou em outros momentos pode ser em como pular através de uma montanha mais alta, ou até descobrir itens escondidos… São puzzles simples durante o caminho da nossa querida raposa, porém, se você não prestar totalmente a atenção, você pode passar por vários sem sequer notá-los.

No mais, só existe um modo história, que você pode terminá-lo em cerca de 2 horas, ou, como eu, ficar explorando cada canto de cada um dos mapas abertos dos 5 capítulos, e terminar em cerca de 5 horas e ainda ter que voltar para “platinar” kkkk.

Dicas

Como tive que buscar em alguns canais e sites a forma de conquistar todos os achievements acredito que umas diquinhas para você, meu querido amigo e fã do Aperta o X, seriam interessantes.

Entre elas, gostaria de deixar uma recomendação bem forte para OBJETOS NO MAPA QUE APARENTEMENTE NÃO TEM “NADA A VER” COM O JOGO. Primeiro, pois eles terão um significado ao final da história. E, depois, pois a maioria dos objetos escondidos estão “no meio” de alguns desses objetos próximos, em volta de um “espaço” no chão. É nele mesmo que o item escondido pode estar.

Outra dica bacana é: encontre o máximo de estrelas que puder (e pegue-as é claro hahaha). Tudo neste jogo tem um significado e você ficará surpreso pelos motivos.

E pra não deixar o jogo tão sem graça, vou dar só mais uma dica. Eu descobri um “bug” no jogo, que ajuda bastante a você conseguir escalar montanhas mais altas com a nossa amiga raposa. Quando estiver subindo uma e a raposa começar a “deslizar” em direção ao chão, vire de frente para a montanha (eu geralmente dava uma volta quase completa para virar para o relevo em questão) e isso ativará novamente seu pulo duplo, permitindo que você alcance um ponto mais alto. A princípio achei que eu tinha tido sorte, mas quando notei que, virando de costas para o mapa, era como se a raposa encontrasse o chão novamente, percebi que sempre dava certo. Tenta e me fala depois!

Diálogos presentes no jogo, trazendo a história e os pensamentos do narrador

Preço

Na PSN, o jogo está R$ 30,90, Clique Aqui para saber mais.

Na Steam, o jogo está R$ 20,69, Clique Aqui para saber mais.

Na Xbox Live, o jogo está R$ 36,95 Clique Aqui para saber mais.

Na Nintendo americana, o jogo está $ 9,99 Clique Aqui para saber mais.

Obs.: Por ser um jogo indie, muitas vezes entra em promoções ou vem em bundles, que acabam diminuindo seu preço final.

Considerações Finais

Apesar de parecer um tanto quanto monótono, por se tratar de uma história ambientada em um diálogo de um casal por conta de um sonho, as etapas de cada capítulo, bem como o final surpreendente do jogo, o fizeram entrar para a minha lista de jogos ótimos para me fazer pensar um pouco na vida. Acredito que joga-los, nem que seja revezando com AAAs ou multiplayers, é algo que não toma muito tempo de nossa vida e nos mostra outros lados do mundo dos jogos.

Uma coisa que não gostei, foi de não existir o troféu da platina (por isso usei as aspas lá em cima). Sim, eu fiz 100% dos achievments e, mesmo assim, não ganhei um “troféuzinho de platina”. Mas tá platinado, certo?! haha.

E só uma última recomendação pra você, que irá jogar. Jogue também o jogo em modo comentário. Quando ativei este modo, imaginei que poderia tomar alguns spoilers. Mas como eu peguei o jogo sem nem saber do que se tratava, me cativou mais ainda ouvir os comentários do David (íntimo kkk) enquanto ia descobrindo mais e mais do jogo.

Capítulo diferente, onde a raposa anda sobre as águas de um lago

Realmente espero que possa compartilhar comigo a emoção de jogar este jogo! Se tiver interesse ou se realmente for adquiri-lo, me avise aqui nos comentários! Será um prazer discutir com alguém essa incrível história!

Grande abraço!

About Rafa Achoa

Analista de Sistemas, foco em Protheus. Apaixonado por Games e esportes. Busca constante por aprendizado que é o que se leva dessa vida.