Converso hoje com o grande Tito, maior curador de games brasileiros da Steam.
Como vocês sabem, nós do Aperta o X, tentamos manter listas de games brasileiros e fazer sempre análises para o site. Na Steam existe uma curadoria especial chamada Game Indie Brasil – Jogos Brasileiros (clique aqui para saber mais), que já catalogaram mais de 400 games brasileiros, e o trabalho é mantido pelo Celso Tito Godoy.
O Tito faz um trabalho excelente, e sempre mantém os dados atualizados, e inclusive ele faz parte do site Indústria de Jogos, e olhem só que coincidência, foi criado pelo Malegra, que esteve envolvido no Portal Xbox (entrevistamos o Ramon Nakamura recentemente que contou um pouco da história do Fórum).
Confira o bate papo abaixo.
Aperta o X: Olá Tito, primeiramente obrigado por aceitar falar conosco. Como você começou a gostar de games?
Tito: Opa, tudo certo? Eu que agradeço a oportunidade.
Bem, desde criança eu tenho um Mega Drive e em meados de 2000 ganhei meu primeiro computador, games se tornou algo natural pois eu nunca fui muito de sair de casa, então era meu lazer mais fácil.
Aperta o X: E quando surgiu o interesse pela Steam?
Tito: Em 2007 eu queria jogar CS1.6 mas perdi a conta antiga, criei outra conta em 2012 pra pegar o CSGO. Acabei amando as Steam Sale então não parei por aí. Fui vendo oportunidade de conseguir dinheiro vendendo cartinhas e com esse dinheiro comprar outros jogos, quando fui ver já tinha quase 1000 jogos na conta.
Aperta o X: Você se lembra do primeiro jogo brasileiro que jogou? Se sim, qual foi o game, e qual foi a sensação?
Tito: Foi o Férias Frustradas do Pica Pau, no Mega Drive. Comprei em uma feira quando criança e eu nem sabia que era brasileiro, mas sinceramente não gostei muito haha.
Os jogos que me despertaram real interesse no mercado nacional foram Knights of Pen and Paper e Mr. Bree, joguei muito os 2 sem nem saber que eram brasileiros, acabei ficando surpreso pois há o dito de que produto nacional não presta e quando testei sem saber que era nacional foram experiências ótimas.
Aperta o X: Ainda falando dos jogos brasileiros, existe algum favorito? Ou alguns (risos)?
Tito: Por uma época joguei muito Knights of Pen and Paper, depois foi o Ballistick Overkill, recentemente o Mana Spark. É difícil definir um favorito de sempre, mas com certeza esses 3 estão entre eles.
Aperta o X: Como você criou o grupo de curadoria? E como é ser reconhecido hoje por esse excelente trabalho?
Tito: Quem começou foi um colega (conhecido como Sophos), ele divulgava jogos brasileiros no TriboGamer e no GameVicio, até que o Steam lançou a curadoria. Eu gostei do trabalho e comecei a ajudar no começo de 2015, mas ele não pôde seguir então ficou tudo na minha mão. Quando comecei a ajudar tinha pouco menos de 40 jogos lançados, outros 15 em Greenlight e quase 200 seguidores. É muito gratificante ver que o conteúdo hoje passa dos 430 catalogados e quase 3000 seguidores, além do conteúdo servir como fonte até para pesquisa governamental (gamesbr.net.br).
Aperta o X: Qual a maior dificuldade que você vê, em encontrar games brasileiros na Steam? Digo, para catalogar. Você acha que falta divulgação da mídia?
Tito: Como criador de conteúdo eu tenho que reconhecer que falhamos mesmo nesse sentido, por vezes não damos espaço a todos os jogos e precisamos escolher uns ou mostramos de forma desordenada.
Só pra mostrar como funciona minha pesquisa, eu vejo os lançamentos do Steam uma vez por semana e dou uma lida por cima dos jogos que tenham informações claras sobre o estúdio, então se o estúdio não se mostra acaba passando batido. Alguns estúdios mais famosos eu sigo no Steam e recebo newsletter, então vários jogos que estão previstos o lançamento eu já tenho anotados para facilitar a adição futura no curador (Clique aqui para ver no trello.com).
Aperta o X: Agora falando um pouco sobre o outro trabalho, como você integrou a equipe do Indústria de Jogos? E em que área do site você atua?
Tito: Hoje eu tento fazer criação de conteúdo e cuidar das redes sociais, o tempo é escasso, mas aos poucos a gente caminha. É engraçado falar de como eu integrei a equipe, mas quando comecei na curadoria eu comecei a procurar sites com conteúdo nacional e achei o Indústria de Jogos (na época se chamava BRJOGOS). Eu mandei alguns jogos que gostei para poderem divulgar, dei ideias para o site e perguntei se podia falar de jogos brasileiros no site, Malegra me deu o espaço e sou muito grato a ele. Não só no site mas também tive a oportunidade de trabalhar no jogo Madcap Castle, fazendo level design e cuidando das redes sociais (Saiba mais em madcapcastle.com).
Aperta o X: Tito, muito obrigado pela entrevista, você quer deixar alguma mensagem aos nossos leitores?
Tito: Mais uma vez agradeço a oportunidade de falar um pouco sobre a curadoria de jogos nacionais e o Indústria de Jogos. A gente ouve muitas críticas sobre o mercado nacional, mas tem muita coisa boa do Brasil, como parte da equipe que fez Celeste, artistas que ajudaram em Horizon Zero Dawn, Horizon Chase considerado por muitos o melhor jogo de 2015 no iPhone, entre outros diversos exemplos.
Abaixo os links para encontrar o Tito.
Steam: Clique Aqui
Facebook: Clique Aqui
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Abraços e até a próxima.